Agatha Christie é mundialmente conhecida por seus romances cheios de suspenses e enigmas. É uma romancista policial, conhecida- para se ter idéia- como a Duquesa da Morte e Rainha do Crime. De fato, quem conhece a obra da autora em questão, consegue constatar que tais apelidos deveriam fazer parte do seu sobrenome.
O post de hoje faz referência ao talvez mais famoso romance da autora- O caso dos Dez Negrinhos. Fazendo uma pesquisa rápida aqui na internet, cheguei a curiosa informação de que o título do livro causou certa polêmica, devido ao uso de "negrinhos". Por conta disso, nos EUA, e posteriormente aqui no Brasil, o romance foi retitulado (perdoem-me o neologismo!!!) para E Não Sobrou Nenhum. Eu, particularmente, prefiro o título original, que faz alusão à uma cantiga popular da Inglaterra. Preconceito ou não, isso não vem ao caso, pois o foco dado aqui será outro... Ainda bem, diga-se de passagem!!
A história começa com a apresentação dos 10 personagens que vão fazer parte da narrativa. Eles foram convidados por um tal de U. N. Owen para passar um veraneio na Ilha do Negro. São 10 personagens que não se conhecem entre si- cada um deles convidados por um motivo especial. Quando todos encontram-se na luxuosa mansão moderna construída nessa Ilha Particular, inicia-se uma séria de assassinatos que seguem precisamente (ou em parte) a cantiga popular- já citada anteriormente- que foi emoldurada e pregada nos quarto de todos os hóspedes. Seguindo esse fio condutor, Agatha Christie desenrola uma engenhosa narrativa policial, regada por muito suspense e com um desfecho antológico.
Sem dúvida, assim como ocorre com outros romances da mesma autora, O Caso dos Dez Negrinhos atinge o leitor a partir de dois eixos básicos: o enigma e, sobretudo, o suspense: De uma lado, o enigma relaciona-se com a história do inquérito, a busca do passado. De outro, o suspense, que tem muita relação com o presente, com o perigo, com viver emoções. Esses dois elementos são fundamentais para fisgar o leitor desde a leitura da primeira página. É impressionante como a autora consegue conduzir a narrativa da maneira certa, prolongando o clímax, mas sem tornar a leitura enjoativa, maçante. Nem preciso dizer que não há como parar de ler: Acredito que todo mundo quer entender como- e por quê- os assassinatos ocorrem. E, claro, por quem. São 10 personagens, 10 suspeitos.
Como se vê, a "arquitetura" desse romance torna-o demasiadamente interessante. Assim como nos filmes de suspense a expectativa está presente a todo momento, com os diálogos, os enquadramentos, a trilha sonora ajudando a dar esse clima de medo e tensão, nesse livro, os elementos narrativos também contribuem de forma a gerar e acentuar essa expectativa, esse suspense: A larga utilização de adjetivos, a construção cuidadosa do ambiente- onde percebemos a imensidão da ilha isolada diante dos indefesos novos hóspedes-, a descrição detalhada de uma personalidade duvidosa e ambígua para todos os personagens e a narrativa ser conduzida em 3ª pessoa são apenas alguns exemplos.
Alguns autores de livros policiais, como é o caso de Sydney Sheldon, dão ao leitor a possibilidade de desvendar o mistério da história. Eu, particularmente, não acho que isso ocorra nesse livro em específico. O próprio fato do livro ser narrado em terceira pessoa, possibilita que sejam ocultados alguns fatos importantes. O fato é que o livro apresenta uma ótima história, que é conduzida de maneira perfeita e termina com um desfecho impagável. Eu adoro ler romances policiais e ser surpreendido com o desfecho, e confesso que nesse caso, o desfecho é realmente inacreditável, inconcebível, admirável. Diante do exposto, acho que dá pra ter uma noção do porquê tal obra figura entre uma as mais importantes da autora e porquê causa tanta admiração entre os fãs dos chamados romances policiais.
O post de hoje faz referência ao talvez mais famoso romance da autora- O caso dos Dez Negrinhos. Fazendo uma pesquisa rápida aqui na internet, cheguei a curiosa informação de que o título do livro causou certa polêmica, devido ao uso de "negrinhos". Por conta disso, nos EUA, e posteriormente aqui no Brasil, o romance foi retitulado (perdoem-me o neologismo!!!) para E Não Sobrou Nenhum. Eu, particularmente, prefiro o título original, que faz alusão à uma cantiga popular da Inglaterra. Preconceito ou não, isso não vem ao caso, pois o foco dado aqui será outro... Ainda bem, diga-se de passagem!!
A história começa com a apresentação dos 10 personagens que vão fazer parte da narrativa. Eles foram convidados por um tal de U. N. Owen para passar um veraneio na Ilha do Negro. São 10 personagens que não se conhecem entre si- cada um deles convidados por um motivo especial. Quando todos encontram-se na luxuosa mansão moderna construída nessa Ilha Particular, inicia-se uma séria de assassinatos que seguem precisamente (ou em parte) a cantiga popular- já citada anteriormente- que foi emoldurada e pregada nos quarto de todos os hóspedes. Seguindo esse fio condutor, Agatha Christie desenrola uma engenhosa narrativa policial, regada por muito suspense e com um desfecho antológico.
Sem dúvida, assim como ocorre com outros romances da mesma autora, O Caso dos Dez Negrinhos atinge o leitor a partir de dois eixos básicos: o enigma e, sobretudo, o suspense: De uma lado, o enigma relaciona-se com a história do inquérito, a busca do passado. De outro, o suspense, que tem muita relação com o presente, com o perigo, com viver emoções. Esses dois elementos são fundamentais para fisgar o leitor desde a leitura da primeira página. É impressionante como a autora consegue conduzir a narrativa da maneira certa, prolongando o clímax, mas sem tornar a leitura enjoativa, maçante. Nem preciso dizer que não há como parar de ler: Acredito que todo mundo quer entender como- e por quê- os assassinatos ocorrem. E, claro, por quem. São 10 personagens, 10 suspeitos.
Como se vê, a "arquitetura" desse romance torna-o demasiadamente interessante. Assim como nos filmes de suspense a expectativa está presente a todo momento, com os diálogos, os enquadramentos, a trilha sonora ajudando a dar esse clima de medo e tensão, nesse livro, os elementos narrativos também contribuem de forma a gerar e acentuar essa expectativa, esse suspense: A larga utilização de adjetivos, a construção cuidadosa do ambiente- onde percebemos a imensidão da ilha isolada diante dos indefesos novos hóspedes-, a descrição detalhada de uma personalidade duvidosa e ambígua para todos os personagens e a narrativa ser conduzida em 3ª pessoa são apenas alguns exemplos.
Alguns autores de livros policiais, como é o caso de Sydney Sheldon, dão ao leitor a possibilidade de desvendar o mistério da história. Eu, particularmente, não acho que isso ocorra nesse livro em específico. O próprio fato do livro ser narrado em terceira pessoa, possibilita que sejam ocultados alguns fatos importantes. O fato é que o livro apresenta uma ótima história, que é conduzida de maneira perfeita e termina com um desfecho impagável. Eu adoro ler romances policiais e ser surpreendido com o desfecho, e confesso que nesse caso, o desfecho é realmente inacreditável, inconcebível, admirável. Diante do exposto, acho que dá pra ter uma noção do porquê tal obra figura entre uma as mais importantes da autora e porquê causa tanta admiração entre os fãs dos chamados romances policiais.
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